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Igor Pinheiro

C.E.O da Inova Civil
Ativo 17

Drenagem Superficial X Drenagem Profunda

  • A DRENAGEM NA ENGENHARIA

Atualmente, a construção civil engloba diversos processos até a entrega do produto final. Com tantas opções vigentes (cada uma com ampla diversidade de soluções e particularidades), cabe ao engenheiro decidir, embasado pelos parâmetros técnicos, logísticos e de viabilidade, qual o método a ser utilizado. A drenagem na engenharia também é guiada por esses padrões.

A drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoarem o excesso de água, ou seja, evita que aconteça casos de alagamentos, como na Figura 1, ou deslizamentos de terra, Figura 2. Há dois tipos indicados para o serviço de drenagem, a superficial e a profunda.

Figura 1 – Alagamentos em uma cidade brasileira.

 

Figura 2 – Desprendimento de aglomerado de solo, já que não havia o escoamento subterrâneo.

  • DRENAGEM SUPERFICIAL

Esse método construtivo caracteriza-se por captar e, em seguida, escoar superficialmente as águas precipitadas em estradas, edifícios e outros. A água superficial é o material que resta da chuva após a evaporação e infiltração, sendo conduzida por elementos drenantes, a fim de evitar o acumulo d’água em locais indesejados.

As manilhas, os poços de visitas e as bocas de lobo são bastante conhecidos nesse método. A fim de facilitar, o entendimento de uma obra básica de drenagem superficial, podem-se explicitar algumas dessas características:

  1. FABRICAÇÃO DE PRÉ-FABRICADO (EX.: MANILHAS)

Primeiramente, prepara-se a armadura de acordo com o projeto disponibilizado na obra. Depois de findada a armadura, a coloca-se em uma fôrma metálica desmoldada previamente, figura 3.

Então, o entorno dessa fôrma é acoplado por um anel e, em seguida, deposita-se o concreto, o qual tinha como característica de projeto o Fck = 20 MPa.

Essa resistência foi atingida com a proporção 1:2:2 cujas proporções:

Dosagem em volume (umidade da areia = 4%):

Cimento = 1 saco de cimento de 50 Kg

Areia = 2 padiolas (45 X 35 X 24,5 cm)

Brita (D.máx = 19 mm) = 2 padiolas ( 45 X 35 X 24,5 cm)

Água = 28 litros

OBS: A dosagem não é uma receita de bola. Estude as especificações dos materiais, como granulometria e outros.

Figura 3 – Fôrma metálica com desmoldante e a armadura.

 

Figura 4 – Fôrma completa prestes a ser vibrada.

Realizada todas as etapas anteriores, os colaboradores retiram a manilha recém-formada e a depositam nos lastros dos “trilhos”. Esses materiais ficarão aceitáveis para o uso após aproximadamente 36 horas. Aconselha-se sempre ter atenção com o processo de cura.

Figura 5 – Manilhas pré-fabricadas.

Por fim, um caminhão do tipo Munck as recolhe, encaminhando para a obra escolhida, Figura 6.

Figura 6 – Caminhão do tipo Munck com as manilhas.

  1. B) PROCESSO CONSTRUTIVO

Figura 7 – Passo a passo da aplicação.

Essas manilhas cujos encaixes são de ponta e bolsas se assemelham a uma tubulação convencional. As boas práticas que balizam a indústria da construção civil indicam que o processo executivo deve acompanhar esse passo a passo:

1 – Escavação: Geralmente auxiliados por retroescavadeira, a escavação mecânica corta longos trechos, atentando para a declividade necessária de projeto e os escoramentos necessários condizentes com as normas;

2 – Preparação do terreno: Esse local pode ser realizado com lastro de areia, de concreto, como o caso da figura anterior, ou outro material especificado pelo projetista. A sua função é proporcionar o suporte necessário para o bom funcionamento das manilhas;

3 – Assentamento de tubos: A retroescavadeira com uma peça metálica na borda prende a manilha e a deposita no fundo da vala, atentando para a declividade e a correta angulação de encaixe com o outro elemento pré-fabricado. Sempre importante evitar a entrada de areia ou outro materiais dentro da rede de drenagem, para que não haja entupimentos.

4 – Rejuntamento e Reaterro: Na ligação bolsa-ponta aplica-se argamassa após o assentamento das manilhas. Por fim, o reaterro é realizado com posterior compactação, figuras 8 e 9

Figura 8 – Compactador de Percussão

Figura 9 – Placa Vibratória.

  • DRENAGEM PROFUNDA

Esse tipo de drenagem foca principalmente em amenizar a presença de águas de infiltração e percolação nos solos que causam inconvenientes e problemas para os mais variados tipos de obras de engenharia civil, como o recalque na Torre de Pisa, demonstrada na Figura 10.

Figura 10 – Efeitos do recalque na Torre de Pisa.

Pode-se citar como objetivos desse sistema construtivo:

  • Interceptar as águas que possam atingir o subleito;
  • Rebaixar o lençol freático, evitando o acontecimento da Figura 11;
  • Manter umidade compatível com as condições de tráfego e desempenho estrutural;
  • Estabilidade de taludes.

Figura 11 – Elevação do lençol freático em uma estrada devido à percolação lateral.

A drenagem subterrânea têm os seguintes elementos:

1) Tubos:

→ Função: coletar e conduzir a água até o destino final.

→ Tipos: Tubos de concreto; Tubo dreno corrugado, flexível, fabricado em PEAD e outros.

2) Material filtrante:

→ Função: permitir o escoamento da água sem carrear sem finos e consequentemente evitar a colmatação do dreno.

→ Tipos: areia, agregados britados, geotêxtil.

3) Material drenante:

→ Função: captar e ao mesmo tempo conduzir as águas a serem drenadas.

→ Tipos: britas, seixo rolado, cascalho grosso lavado.

Anteriormente, realizava-se a drenagem profunda com uma tubulação porosa rodeada de brita e manta geotêxtil, Figura 12. Este funcionava como uma espécie de “absorvedor” de líquido e de materiais finos para que, em seguida, a brita agisse impedindo que esses agregados miúdos obstruíssem os poros das manilhas porosas. Por fim, a manilha escoava apenas os líquidos, não ocorrendo interferências no seu bom funcionamento.

Por outro lado, com os avanços tecnológicos, algumas empresas criaram um geocomposto drenante, o qual substitui a utilização tanto da manta geotêxtil convencional quanto da brita, barateando o seu uso, Figura 13. Além disso, a sua aplicação é bem simples e rápida, Figuras 14 a 16.

Figura 12 – Método com a utilização do geotêxtil no entorno

Figura 13 – Método atualizado, a manta substitui a brita e o geotêxtil.

Figura 14 – Vala é escavada com o auxílio de equipamento específico.

Figura 15 – A tubulação porosa é introduzida no geocomposto drenante.

Figura 16 – A compactação lateral é necessária para o bom funcionamento.

 

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